Artistas Unidos lançam em outubro “Ceia” no novo Teatro Paulo Claro

O novo espaço dos Artistas Unidos em Lisboa, agora denominado Teatro Paulo Claro, abre as suas portas no próximo dia 09 de outubro, com a estreia da peça “Jantar”, escrita pela dramaturga inglesa Moira Buffini, conforme anunciado hoje pela companhia.
Em comunicado, os Artistas Unidos destacam que foi assinado um acordo com a Câmara de Lisboa para a cedência do espaço localizado na Rua do Açúcar, n.º 37, em Marvila, que se tornará agora o Teatro Paulo Claro. A programação para os próximos meses inclui estreias de obras do canadiano Jamie Armitage, do escocês David Greig e do espanhol Juan Mayorga, além da digressão de “Vento Forte”, do Nobel da Literatura Jon Fosse.
O teatro homenageia o ator Paulo Claro (1971-2001). O nome já havia sido utilizado no espaço A Capital, no Bairro Alto, em Lisboa, e posteriormente no Teatro da Politécnica, de onde os Artistas Unidos saíram em julho de 2024.
“Hoje, o nome do Teatro Paulo Claro volta a estar presente na porta de um novo espaço, desta vez para ficar”, é destacado no comunicado.
“Jantar”, uma obra de uma dramaturga ainda desconhecida para os Artistas Unidos, como mencionado no comunicado, é dirigida por Pedro Carraca, com cenografia e figurinos de Rita Lopes Alves. O elenco conta com Catarina Campos Costa, Gonçalo Carvalho, Inês Pereira, Pedro Caeiro, Raquel Montenegro, Tiago Matias e Vicente Wallenstein.
Sobre esta comédia satírica, que estará em cena até 01 de novembro, o comunicado descreve-a como “deliciosamente negra, onde comentários cáusticos se lançam como dardos venenosos à mesa do jantar, deixando um rastro de carnificina emocional”.
A companhia está também em digressão pelo país com “Vento Forte”, do norueguês e Nobel da Literatura Jon Fosse. A peça é dirigida por António Simão, com cenário e figurinos também de Rita Lopes Alves, contando com um elenco que inclui Andreia Bento, António Simão e Nuno Gonçalo Rodrigues.
“Vento Forte” será apresentado no dia 04 de outubro, às 21:30, no Teatro Académico Gil Vicente, em Coimbra, de 17 a 19 de outubro no Teatro Municipal Joaquim Benite, em Almada, e no dia 24 do mesmo mês no Centro de Artes de Águeda, no distrito de Aveiro.
Para o próximo ano, os Artistas Unidos planejam estrear “O Interrogatório”, de Jamie Armitage, no Teatro Paulo Claro, a 07 de maio. Esta peça, que ficará em cartaz até 13 de junho, será dirigida por Nuno Gonçalo Rodrigues, contando com os atores Euarda Arriaga e Américo Silva.
A obra é descrita como uma exploração angustiante e tensa da justiça, do engano e da retórica, começando como uma “conversa informal de investigação” que rapidamente se transforma num jogo psicológico onde a verdade e a mentira se confundem.
No dia 04 de fevereiro, os Artistas Unidos apresentarão no Teatro Variedades, em Lisboa, o texto “O Piloto Americano”, do escocês David Greig, sob a direção de António Simão.
Em fevereiro, no dia 12, a peça “Os Jugoslavos”, do espanhol Juan Mayorga, será encenada no Teatro Paulo Claro, com direção de Pedro Carraca. Com atuações de Inês Pereira, Mercês Silva e Pedro Caeiro, a peça estará em cartaz até 21 de março.
Na rádio Antena 2, os Artistas Unidos apresentarão, no dia 14 de outubro, “O Caracal”, de Judith Herzberg, com Sofia Aparício e Andreia Bento, que também dirige, e “Primeiro Amor”, de Samuel Beckett, com Miguel Borges e direção de António Simão, em 11 de novembro.
Fundada em 1995 por Jorge Silva Melo, a companhia de teatro foi forçada a deixar o Teatro da Politécnica, propriedade da Universidade de Lisboa, em julho de 2024, após 13 anos de permanência. Diante dessa situação, a Câmara de Lisboa buscou uma solução para trazer os Artistas Unidos de volta ao Bairro Alto, utilizando o antigo edifício de A Capital. Contudo, a adaptação do prédio revelou-se inviável devido ao seu alto custo e à insuficiência técnica para a programação da companhia, como explicou o vereador da Economia e Inovação, Diogo Moura, durante uma reunião da Assembleia Municipal em junho passado.