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Benfica SAD encerra última época com lucro de 34,4 milhões e termina jejum operacional de 7 anos

Benfica SAD encerra última época com lucro de 34,4 milhões e termina jejum operacional de 7 anos

Sete anos depois, a Benfica SAD conseguiu novamente o que parecia impossível durante tanto tempo: alcançar uma operação positiva sem contar com a compra e venda de direitos de jogadores. Os resultados da época 2024/25 apresentados esta terça-feira mostram que o clube da Luz obteve um resultado operacional positivo de 3,9 milhões de euros sem a negociação de atletas, quebrando uma série negativa que se arrastava desde 2017/18. Há um ano, esse mesmo indicador mostrava prejuízos de 28,3 milhões de euros.

Outro marco nas contas do último exercício fiscal (que ocorreu entre julho de 2024 e junho de 2025) foi o regresso aos lucros, com a Benfica SAD a reportar resultados líquidos de 34,4 milhões de euros – uma reviravolta em relação aos prejuízos de 31,4 milhões da época anterior.

Com eleições agendadas para 25 de outubro, os números apresentados pela administração de Rui Costa esta terça-feira, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), servem como um ‘cartão de visita’ e demonstram que a estratégia de contenção de custos está a dar frutos. No entanto, ainda existem desafios a enfrentar no clube.

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Os rendimentos operacionais sem direitos de atletas atingiram um recorde de 230,6 milhões de euros, representando um crescimento de 30,6% em relação aos 176,6 milhões da época anterior.

Esse aumento foi impulsionado principalmente pelas receitas de “Media TV”, que compõem 64% do total e cresceram 46,8 milhões de euros, alcançando 148 milhões de euros. Segundo Nuno Catarino, CFO da Benfica SAD, isso foi influenciado pela melhor performance europeia (mais 23,8 milhões de euros) e pela participação no Mundial de Clubes, que trouxe 17,1 milhões de euros líquidos para o clube.

“Estes resultados foram mais positivos do que tínhamos projetado inicialmente”, afirmou Nuno Catarino, enfatizando o controle de custos significativo e um resultado operacional positivo notável.

As contas da Benfica SAD também revelam que o ativo total cresceu 4,6% para 591,2 milhões de euros, marcando o décimo exercício consecutivo de crescimento. Contudo, o rácio entre passivo e ativo deteriorou-se ligeiramente.

No que diz respeito aos custos, os gastos operacionais sem direitos de atletas subiram de forma moderada, passando de 204,8 milhões para 226,7 milhões de euros (+10,7%).

Essa evolução, embora tenha sido o maior crescimento das últimas três épocas, ficou abaixo da subida dos rendimentos operacionais e foi particularmente afetada por despesas não recorrentes, como indemnizações à antiga equipa técnica liderada por Roger Schmidt e custos relacionados com a transferência do futebol feminino para a SAD.

Sem esses fatores, Nuno Catarino indicou que os gastos teriam permanecido praticamente estáveis em 205,3 milhões de euros. Os dados da Benfica SAD mostram, por exemplo, que os fornecimentos e serviços externos – um dos indicadores que subiu descontroladamente nos últimos anos – aumentaram 7% para 77,9 milhões de euros, mas excluindo os efeitos extraordinários, esse crescimento foi de apenas 0,9%.

Dívida líquida corrige apenas ligeiramente

Apesar dos avanços operacionais, a dívida líquida continua a ser um dos principais desafios para a equipa de Rui Costa e Nuno Catarino. No final de junho, a dívida estava em 196,9 milhões de euros, uma queda de apenas 2,4% em relação aos 201,8 milhões do ano anterior. Essa redução de cerca de 5 milhões de euros reflete basicamente a diferença entre a nova emissão obrigacionista realizada em junho e o montante da emissão que venceu na mesma altura.

O valor atual da dívida líquida ainda é cerca de 40% superior aos 140,8 milhões registrados na época 2022/23, refletindo o período de maior tensão financeira que o clube enfrentou nos últimos anos. Contudo, há sinais positivos: o rácio de dívida líquida em relação aos rendimentos operacionais melhorou significativamente, passando de 79,5% para 56,6%, o que “reforça a capacidade de geração de receitas”, conforme indicado no documento apresentado pela Benfica SAD.

As contas da Benfica SAD mostram também que o ativo total cresceu 4,6% para 591,2 milhões de euros, marcando o décimo exercício consecutivo de crescimento. Contudo, o rácio entre passivo e ativo deteriorou-se ligeiramente: atualmente, existem 100 euros de ativos para cada 80 euros de passivos, enquanto há cinco anos, antes da pandemia, esse rácio era de 67 euros de passivos para cada 100 euros de ativos.

Os capitais próprios recuperaram para 116,3 milhões de euros (+42,1%), superando novamente o capital social de 115 milhões após três épocas abaixo desse valor. Esse crescimento foi impulsionado pelo resultado líquido positivo de 34,4 milhões, que inverteu completamente o cenário em relação aos prejuízos de 31,4 milhões da época anterior.

Adicionalmente, contribuíram positivamente para as contas da última época desportiva as transações de atletas, que resultaram em 46,7 milhões de euros no resultado (+247,3% em comparação com o período homólogo), com rendimentos de 117,3 milhões de euros provenientes de vendas brutas de 188,9 milhões. As mais-valias mais significativas surgiram das transferências de João Neves, Marcos Leonardo e David Neres.

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