Metade dos educadores iniciantes considera deixar a carreira

João Cerejeira explica que “no início da carreira, os mais jovens têm mais possibilidades de escolha e de mudar a sua vida profissional”.
Adicionalmente, “sete em cada 10 docentes têm a intenção de se reformar assim que possam”.
Além disso, um estudo encomendado pela Fundação Semapa – Pedro Queiroz Pereira revela que 30% dos professores com 60 anos ou mais admitem prolongar a carreira além da idade mínima de reforma, motivados principalmente pelo prazer de ensinar.
O estudo, apresentado esta quinta-feira em Lisboa, indica que, entre os “desafios mencionados pelos professores, duas áreas se destacam: alunos com necessidades educativas especiais (NEE) e alunos imigrantes, que não falam o português como língua materna”, comenta o investigador João Cerejeira.
Esse professor observa que “nove em cada 10 professores tem, pelo menos, um aluno com NEE ou imigrantes que não têm o português como língua materna”.
Como sugestão, João Cerejeira propõe que “deveria haver um investimento em recursos pedagógicos, tecnológicos, além de mediadores e técnicos de apoio para os alunos com NEE, onde essa falta foi mais enfatizada pelos professores do 1.º ciclo”.