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Micael Sequeira: A Missão de Criar a Melhor Equipa para Ser Campeão

Micael Sequeira: A Missão de Criar a Melhor Equipa para Ser Campeão

Micael Sequeira, treinador da equipa feminina de futebol do Sporting, concedeu uma extensa entrevista aos órgãos de comunicação do clube, abordando diversos temas. O técnico iniciou fazendo um balanço da sua experiência até ao momento, mencionando já ter passado mais de 300 dias à frente da equipa:

«Acima de tudo, tem sido uma experiência fantástica, que reforça a decisão de aceitar um desafio importante numa realidade completamente diferente. Embora tenha sido necessário um período de adaptação, agora estou muito mais preparado para proporcionar uma boa temporada».

Sequeira destacou a importância do Sporting como um «clube vencedor» e expressou sua ambição de conquistar o «máximo possível», ciente de que não será possível ganhar todos os títulos:

«O futebol feminino tem evoluído significativamente e trabalhámos para criar uma equipa robusta este ano. O Sporting CP é um clube que busca a vitória, e precisamos de acordar com essa mentalidade diariamente. Tenho consciência de que não vamos ganhar tudo, mas o nosso objetivo é conquistar o máximo possível para o Sporting CP».

O sonho de Sequeira é conquistar o campeonato nacional:

«Estou muito satisfeito com toda a equipa técnica, staff e demais departamentos. A competência deles facilita bastante a minha função como treinador. O Sporting CP dispone de grandes talentos em várias áreas, o que torna o trabalho mais fácil, mas, ao mesmo tempo, aumenta a responsabilidade de buscar o título de Campeão Nacional no futebol feminino, que não ocorre há alguns anos. Acredito sinceramente que, com a colaboração de todos, a qualidade do nosso plantel e o grande potencial do staff, estamos mais próximos de poder conquistar o título este ano».

O treinador também comentou os desafios enfrentados na última temporada:

«O primeiro obstáculo foi a minha adaptação ao futebol feminino, já que vinha de uma realidade diferente. As jogadoras também precisaram tempo para se familiarizar com as minhas ideias e mentalidade. Tudo isso foi um processo gradual; não se muda de mentalidade em quatro ou cinco meses. O jogo e o dia a dia são distintos, e o processo de treino também é diferente. Isso não significa que seja melhor, embora acreditemos que sim. Agora, estamos muito mais adaptados às exigências do Sporting CP e do futebol feminino».

Sequeira revisitou os confrontos contra o Benfica, elogiando o rival:

«Nos três encontros que tivemos com o SL Benfica, estivemos em vantagem em todos, sendo que dois deles foram no Estádio da Luz. Faltou um detalhe. Se tivéssemos tido mais tempo para nos preparar e as jogadoras estivessem mais inteiramente conectadas à ideia, talvez não tivéssemos perdido. Começávamos sempre bem, mas acabávamos por não conseguir manter a vantagem. Isso também está relacionado com a profundidade do plantel, pois é crucial ter todas as jogadoras disponíveis. Infelizmente, nos três jogos, algumas peças importantes estavam fora, o que influenciou o resultado. Aprendemos tanto com os aspectos positivos quanto negativos desses momentos. O SL Benfica foi campeão cinco anos seguidos, é uma equipa forte, já consolidada com a mesma treinadora, o que representa uma vantagem para eles. Se jogássemos agora, provavelmente geriríamos a situação de forma diferente».

Ele também compartilhou sua perspectiva sobre a nova temporada:

«Estamos praticamente reconstruindo o plantel. Muitas contratações foram realizadas, mas tudo foi feito com muito cuidado e em sintonia com as pessoas que estavam directamente envolvidas comigo. O objetivo sempre foi tornar a equipa mais competitiva e criar um ambiente saudável. Queríamos estabelecer uma identidade que refletisse os valores do Sporting CP. Decidimos apostar em jogadoras específicas, mantendo outras, e acreditamos que essa combinação formará uma equipa forte».

Micael Sequeira vê potencial para que o Sporting surpreenda na terceira pré-eliminatória europeia, contra a AS Roma:

«Acreditamos na possibilidade de surpreender na pré-eliminatória europeia, o que nos permitiria avançar para a fase da Liga dos Campeões e ao mesmo tempo competir no campeonato. Podemos sempre fazer alterações em três, quatro ou cinco jogadoras e manter o equilíbrio entre o plantel. Assim, estamos sempre mais próximos da possibilidade de vencer».

«É um passo, mas um passo gigantesco. Enfrentamos uma equipe fortíssima em todos os aspectos. A AS Roma foi campeã da Itália há duas temporadas, chegou à fase de grupos da Champions League na última edição e foi eliminada apenas por diferença de golos. A maior parte do elenco se manteve, é taticamente muito sólida na defesa e conta com muita experiência. Precisamos estar em um nível muito elevado, especialmente em termos de equilíbrio, para conseguirmos superar a AS Roma», disse ele sobre o adversário.

Micael Sequeira também antecipou o duelo contra a AS Roma, afirmando que farão o possível para vencer:

«Pretendo abordar os dois jogos da mesma maneira. Não vamos desviar um centímetro do que temos treinado. Jogaremos de acordo com a nossa identidade e, no final, veremos se conseguimos. O importante é permanecermos fiéis à ideia de jogo que definimos para esta temporada. Poderia trazer várias justificativas e afirmar que será muito difícil. Sim, será, mas devemos focar no objetivo de ganhar. Será complicado? Com certeza. Impossível? Não. Faremos o possível para triunfar, e isso é o que podemos prometer. No segundo jogo, em casa, diante dos nossos adeptos, esperamos superar a AS Roma. Seria uma recompensa excelente para todos, depois de nove semanas de trabalho intenso».

Micael Sequeira acredita que o futebol feminino está progredindo em direção à igualdade com o masculino e recordou palavras de Rui Borges:

«Sem dúvida. Temos uma responsabilidade imensa. O interesse pelo futebol feminino tem crescido, assim como as críticas quando os resultados não são positivos, e isso aumenta a pressão. O futebol feminino está cada vez mais próximo do masculino. As exigências e responsabilidades são as mesmas, e não podemos mais encarar isso como um passatempo em que atletas e treinadores são menos pressionados. Essa realidade acabou. Portugal precisa avançar e já está fazendo isso. Embora ainda haja um caminho a percorrer, estamos a dar passos significativos. Tenho a mesma responsabilidade que Rui Borges. Sou obrigado a criar a melhor equipa possível, a vencer e a ser campeão. Para mim, isso é confortável, pois foco sempre no que posso controlar, que é transmitir a minha experiência a todos os envolvidos».

ondaCoimbra.pt
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