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Miguel Oliveira termina em 11.º na Indonésia após descer, subir, fazer voltas rápidas e atacar até o fim do pneu

Miguel Oliveira termina em 11.º na Indonésia após descer, subir, fazer voltas rápidas e atacar até o fim do pneu

A primeira passagem direta à Q2 do ano, a melhor qualificação do ano ocorreu na semana em que também foi definido o próximo ano. Correndo no circuito de Mandalika, onde em 2022 teve uma verdadeira serenata à chuva, Miguel Oliveira cumpriu os primeiros objetivos na que é a antecâmara da despedida da principal categoria do motociclismo. Faltou, no entanto, chegar aos pontos na corrida sprint. Faltou, mas apenas por algumas horas, já que Luca Marini sofreu um castigo de oito segundos devido à pressão irregular dos pneus e a “cedeu” o nono lugar ao piloto português, que conseguiu assim marcar pontos pela primeira vez na prova de sábado no ano de 2025.

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Faltava um único objetivo, talvez mais ambicioso devido ao número crescente de voltas ao circuito com uma moto que ainda não estava como Miguel Oliveira desejava, que era igualar ou melhorar o seu melhor resultado neste Mundial (nono na Catalunha e em São Marinho). O fato de partir do décimo lugar na grelha era um indicador positivo nesse sentido, mas os sinais da corrida sprint acabaram por “secundarizar” esse posto.

“Saí bastante bem da grelha, mas nas primeiras voltas percebes que não podes ficar muito perto das outras motos porque estás a conduzir em linhas diferentes e a correr de forma distinta. O pneu dianteiro estava a mexer-se muito, tornando as ultrapassagens difíceis – basicamente, impossíveis. Não temos velocidade suficiente para fazer ultrapassagens, o que torna a corrida complicada. Amanhã [domingo] será ainda mais difícil, com uma moto mais pesada que não facilitará as coisas na dianteira. Acho que vamos arriscar com os pneus macios e tentar gerir da melhor maneira possível”, comentou Miguel Oliveira, antevendo as 27 voltas no circuito de Mandalika, que encerrariam um fim de semana que já seria marcado por cinco corridas consecutivas a pontuar.

Além disso, em um tema que foi resolvido, mas ainda gera discussões, o piloto português da Yamaha não descartou completamente a possibilidade de continuar associado ao MotoGP… como piloto de testes. Como? Miguel Oliveira já assinou e foi apresentado pela BMW no Mundial de Superbike, mas ainda existe a chance de trabalhar durante as pausas do novo “desafio” com a Aprilia, como piloto de testes a pedido do antigo campeão mundial Jorge Martín. “Não quero me despedir ainda, pois há uma pequena, talvez remota, possibilidade. Quem sabe o que pode ser possível em termos de calendário. Seria excelente para mim como piloto manter contato com o MotoGP”, admitiu o português à margem deste Grande Prémio.

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Se após a entrada direta na Q2 Miguel Oliveira disse que “já podia dormir mais descansado”, ele desejava um pouco mais nesta nova fase do motociclismo (com ou sem a variante mencionada). O início seria crucial nesse objetivo, pois havia uma espécie de segunda linha do Mundial à sua frente, que reverteu a lógica tradicional da qualificação, colocando nomes como Fermín Aldeguer, Raúl Fernández, Álex Rins ou Pedro Acosta atrás do mais rápido, Marco Bezzecchi. Nem a Ducati dominou como de costume, nem os irmãos Márquez estavam obrigados a chegar ao pódio. Tudo estava em aberto.

Marco Bezzecchi teve uma largada um pouco melhor, mas acabou perdendo várias posições, com Pedro Acosta assumindo a liderança. O italiano caiu para o sétimo lugar e se envolveu em uma queda feia com Marc Márquez, que viu sua possibilidade de vencer em todos os circuitos ser frustrada em Mandalika. Miguel Oliveira também foi impactado pela confusão nas voltas iniciais, caindo de décimo para 15.º, mas conseguiu melhorar sua posição e estabilizou no 11.º posto, atrás do companheiro de equipe Jack Miller. A KTM de Pedro Acosta tinha logo atrás Luca Marini, Fermín Aldeguer, Raúl Fernández e Álex Rins.

A quarta volta mostrava Miguel Oliveira agressivo, registrando a volta mais rápida da corrida até aquele momento e saltando para o décimo lugar após um erro de Franco Morbidelli. Mais atrás, Pecco Bagnaia estava a uma distância considerável de Acosta, tendo um fim de semana para esquecer na Indonésia. Em um cenário sem precedentes neste ano, as quatro Yamaha estavam no top 10, com o português novamente conquistando a volta mais rápida e se colando a Jack Miller enquanto Fermín Aldeguer superava Pedro Acosta. O Falcão precisava ultrapassar seu companheiro de equipe rapidamente para tentar encurtar as distâncias.

Pecco Bagnaia também acabou indo ao chão, garantindo que qualquer piloto que terminasse a corrida pontuasse, dado que restavam apenas 15 em pista. Na frente, a principal disputa era pela segunda posição, com Luca Marini atacando Pedro Acosta, enquanto Raúl Fernández e Álex Rins reduziriam o tempo para os lugares do pódio, com Fermín Aldeguer se destacando cada vez mais à frente. Miguel Oliveira continuava mais rápido que Jack Miller, mas sem conseguir passar o australiano, e na 13.ª volta ele ficou a 0,6 segundos de distância. O que o motivava? As lutas que aconteciam mais à frente, com Luca Marini tentando tantos esforços para segurar a terceira posição que caiu para a oitava, enquanto Álex Rins subia ao terceiro lugar.

A primeira tentativa de ultrapassar Jack Miller não funcionou, e a segunda foi ainda pior. Miguel Oliveira foi obrigado a alargar a trajetória após passar o australiano e perdeu também a posição para Franco Morbidelli. Além de ter sido um “tampão” por várias voltas enquanto o português estava mais rápido, os momentos de “choque” acabaram favorecendo o australiano. Na frente, com Fermín Aldeguer cada vez mais isolado, Álex Rins aproveitou a falta de pneus de Pedro Acosta para assumir a segunda posição, enquanto Miguel Oliveira começava a sentir os efeitos do desgaste dos pneus, descendo para o 12.º lugar, sendo ultrapassado por Fabio Di Giannantonio, que apresentava um ritmo mais consistente.

Novas notícias ruins surgiram sobre Marc Márquez, que sofreu uma pequena fratura no ombro direito durante a queda na primeira volta. Durante esse tempo, Jack Miller, devido ao desgaste de pneus que o português também enfrentou, sofreu uma queda, permitindo que Miguel Oliveira avançasse para o 11.º lugar. Tudo estava chegando ao fim, com Fermín Aldeguer dominando claramente e assegurando sua primeira vitória da temporada e no MotoGP (tornando-se o segundo mais jovem a vencer no principal escalão), à frente de Pedro Acosta e Álex Márquez, que conseguiu inverter a luta pelo pódio no final enquanto mais uma corrida frustrante se desenrolava para a Yamaha, que viu Álex Rins cair de segundo para décimo no final. Brad Binder, Luca Marini, Raúl Fernández, Quartararo, Morbidelli e Di Giannantonio garantiram suas posições à frente.

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