Conhecido como Pismis 24, este jovem aglomerado estelar reside no núcleo da Nebulosa do Lagostim, a aproximadamente 5.500 anos-luz da Terra, na constelação de Escorpião. Lar de um vibrante berçário estelar e um dos locais mais próximos de nascimento de estrelas massivas, Pismis 24 oferece uma visão rara sobre estrelas grandes e massivas. Sua proximidade torna esta região um dos melhores lugares para explorar as propriedades de estrelas jovens e quentes e como elas evoluem.

No coração deste brilhante aglomerado está a deslumbrante Pismis 24-1. Ela está no centro de um aglomerado de estrelas acima dos picos laranja irregulares, e a maior das torres aponta diretamente para ela. Pismis 24-1 parece ser uma estrela gigantesca única e foi considerada uma das estrelas mais massivas conhecidas. Os cientistas aprenderam desde então que ela é composta por pelo menos duas estrelas, embora não possam ser resolvidas nesta imagem. Com 74 e 66 massas solares, respectivamente, as duas estrelas conhecidas ainda estão entre as mais massivas e luminosas já observadas.

Capturada na luz infravermelha pela NIRCam (Câmera de Infravermelho Próximo) do Webb, esta imagem revela milhares de estrelas em forma de joias de tamanhos e cores variadas. As maiores e mais brilhantes, com espículas de difração em seis pontas, são as estrelas mais massivas do aglomerado. Centenas a milhares de membros menores do aglomerado aparecem em branco, amarelo e vermelho, dependendo de seu tipo estelar e da quantidade de poeira que as envolve. O Webb também nos mostra dezenas de milhares de estrelas atrás do aglomerado que fazem parte da galáxia Via Láctea.

Estrelas jovens super-quentes – algumas quase 8 vezes mais quentes que o Sol – emitem radiação escaldante e ventos impiedosos que esculpem uma cavidade na parede da nebulosa formadora de estrelas. Essa nebulosa se estende muito além do campo de visão da NIRCam. Apenas pequenas porções dela são visíveis na parte inferior e no canto superior direito da imagem. Fluxos de gás ionizado quente fluem das bordas da nebulosa, e véus etéreos de gás e poeira, iluminados pela luz estelar, flutuam ao redor de seus picos imponentes.

Pilares dramáticos se projetam da parede brilhante de gás, resistindo à radiação e aos ventos implacáveis. Eles são como dedos apontando para as estrelas jovens e quentes que os moldaram. As forças ferozes que moldam e comprimem esses pilares fazem novas estrelas se formarem dentro deles. O pilar mais alto se estende por cerca de 5,4 anos-luz de sua ponta até a parte inferior da imagem. Mais de 200 de nossos sistemas solares até a órbita de Netuno poderiam caber na largura de sua ponta, que mede 0,14 anos-luz.

Nesta imagem, a cor ciano indica gás hidrogênio quente ou ionizado sendo aquecido pelas jovens estrelas massivas. Moléculas de poeira, semelhantes à fumaça aqui na Terra, são representadas em laranja. O vermelho sinaliza hidrogênio molecular mais frio e denso. Quanto mais escuro o vermelho, mais densa é a gasosa. O preto denota o gás mais denso, que não está emitindo luz. As características brancas e etéreas são poeira e gás que dispersam a luz estelar.

O Telescópio Espacial James Webb é o principal observatório de ciência espacial do mundo. O Webb está resolvendo mistérios em nosso sistema solar, olhando além em busca de mundos distantes ao redor de outras estrelas, e explorando as estruturas e origens misteriosas do nosso universo e nosso lugar nele. O Webb é um programa internacional liderado pela NASA com seus parceiros, a ESA (Agência Espacial Europeia) e a CSA (Agência Espacial Canadense).