Portugal: A Potência Mundial de Hoje

O experiente canoísta João Ribeiro afirmou que o inédito título mundial no K4 500 metros é um dos “mais saborosos” da sua carreira, pois reafirma Portugal como uma “potência mundial”.
“Certamente é um dos mais saborosos. É a força de um país. Todas as nações almejam conquistar o K4. Quem vence essa categoria é considerado uma potência mundial, e hoje Portugal se firmou como essa potência”, expressou com alegria.
Em entrevista à Lusa, o canoísta, que celebrou 36 anos na terça-feira, comentou sobre a medalha de ouro que conquistou ao lado de Gustavo Gonçalves, Messias Baptista e Pedro Casinha, somando-a ao título europeu alcançado em junho na Chéquia.
“No Europeu, podiam considerar que foi um resultado de sorte ou uma surpresa. Mas nós sabemos muito bem o quão rápido este K4 tem sido. Não é por acaso que eu e o Messias decidimos abdicar do K2 para nos concentrar apenas no K4 durante o Europeu. Temos plena confiança no potencial deste barco. E agora, no Mundial, confirmamos que tem futuro, velocidade e força para remar”, completou.
Messias Baptista destacou que os títulos europeus e mundiais conquistados nos últimos três anos “é um sinal de que o esforço está a dar frutos”, agradecendo a Deus pela “oportunidade” e aos seus companheiros de barco “por acreditarem”. “Eu e o João já estamos nisso há mais tempo, mas os dois novos membros, ainda sub-23, mostraram hoje após o Europeu… trazendo essa raça lusitana à final, onde todos os barcos buscam a medalha. Eles demonstraram que são competentes e conseguiram lidar com a pressão”, elogiou, mandando um abraço de agradecimento ao treinador Rui Fernandes.
Gustavo Gonçalves, que fez sua estreia em Mundiais, assumiu a responsiva posição um, encarregando-se dos ritmos e da gestão da regata conforme combinado com o treinador, sempre mantendo a dianteira durante a final. “Como sempre, foi uma prova muito disputada. Já tínhamos essa noção, mas trabalhamos diariamente para nos apresentarmos da melhor forma possível, por nós, pela equipe e por Portugal. E conseguimos realizar nosso sonho!”, comemorou.
O gondomarense reconheceu a “pressão” de sua função na equipe, “onde todos se apoiam reciprocamente, o que favorece o quarteto: “É disso que vive um atleta, saber lidar com a pressão”.
Pedro Casinha, na posição quatro, sentiu “mais água do que as próprias posições” durante a competição, descrevendo seu trabalho como “trabalhar com duas palas de lado e dar tudo até não restarem mais boias”. “Eu não penso em mais nada. Meu objetivo e o único pensamento que ocupa minha mente é chegar ao final da prova. Foi uma estreia tanto para mim quanto para o Gustavo, mas trabalhamos ao lado de duas lendas da canoagem e isso nos dá força e motivação para continuar e alcançar os resultados que obtivemos”, finalizou.